O relacionamento familiar
A família, sem dúvida, é a responsável direta na formação do jovem. Se o adolescente não tem o bom exemplo dos pais, então, ele já tem meio caminho andado para perdição.Se a moça não vê na sua mãe, ou o rapaz no seu pai, a imagem positiva em que deve se espelhar então, tampouco se pode esperar deles que sejam jovens exemplares.
É por isso que a Palavra de Deus afirma: “Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele.” (Provérbios 22.6)No entanto, é bom frisar aos pais que o ensino não é dado apenas com palavras, mas principalmente com o exemplo.É verdade, porém, que existem crises de relacionamento entre pais e filhos, especialmente na adolescência destes.Cremos que um dos fatores responsáveis pelo difícil relacionamento entre o jovem e os seus pais é a vontade que ele tem de se sentir maduro, independente. Daí a razão por que o adolescente muitas vezes resiste em ouvir os conselhos dos pais. É a sua maneira de dizer: “Eu sei o que estou fazendo” ou “Não sou mais criança”.
O interessante é que ainda que ele se mostre maduro e independente no que diz respeito a ouvir o conselho dos pais, este jovem muitas vezes está pronto a escutar o conselho de estranhos que não têm nada a ver com ele e nem estão preocupados com o seu bem-estar!Acreditamos que foram estes sentimentos que levaram o filho pródigo a se rebelar contra o seu pai e sair de casa.Nesta parábola, o Senhor Jesus diz: “Certo homem tinha dois filhos; o mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte dos bens que me cabe. E ele lhes repartiu os haveres. Passados não muitos dias, o filho mais moço, ajuntando tudo o que era seu, partiu para uma terra distante e lá dissipou todos os seus bens, vivendo dissolutamente.” (Lucas 15.11-13)
Então, esse filho mais moço, jovem, num ímpeto de independência e liberdade, achou-se no direito de tomar o que era seu e viver a vida longe do pai. É importante notarmos que ele foi para uma terra distante, como que para evitar que seu pai jamais viesse a se intrometer na sua vida e o vigiasse.
Assim também, em geral, o adolescente tem agido hoje em dia: não faz caso de seus pais nem do que eles dizem. Às vezes, só não mora sozinho por falta de dinheiro, porque senão iria. Procura viver como se estivesse numa terra distante; ainda que more com os pais, o seu coração e a sua mente estão mais nas coisas do mundo que na própria família.
Semelhante ao filho pródigo, que não quis viver com seu pai nem dar-lhe ouvidos, mas foi viver e dar atenção a um estranho que lhe mandava guardar porcos, o moço muitas vezes têm como exemplo os amigos da escola, as novelas sujas, as revistas e os artistas de cinema.Moldam suas vidas de acordo com a deles, fazem o que mandam e ensinam, mas não o que os pais orietam! Assim a juventude vai se perdendo! O jovem ou a jovem que age assim, não sabe que está pecando, primeiro contra Deus, depois contra os pais, como o próprio filho pródigo reconheceu: “Pai, pequei contra o céu e diante de ti” (Lucas 15.18), haja vista que a obediência e o temor à autoridade dos pais é o primeiro mandamento com promessa! “Honra teu pai e tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra...” (Êxodo 20.12)
O jovem que não respeita seus pais, não respeita Deus
Quem sabe você, jovem, viva numa família desestruturada! Aliás, é comum hoje em dia vermos um lar onde há desavenças, bebedices, vícios, traição, violência, agressão, desrespeito, abuso, etc. Talvez, então você pergunte: “Como é que eu posso respeitar e ser bonzinho num ambiente desses?”
A verdade é que, infelizmente, nem todo jovem tem uma família que lhe possa servir de bom exemplo. Mesmo assim, isso não lhe dá o direito de dizer ou pensar: “Meu pai é bandido, então vou ser bandido também”. Você, ainda que jovem, recebeu de Deus uma consciência para discernir entre o certo e o errado.
Aliás, a Palavra de Deus é bem clara a respeito disso. Homens do passado, que foram péssimos exemplos aos seus filhos, nem sempre forram imitados por estes em sua maldade. Foi o caso do rei Ezequias. Seu pai, o rei Acaz, foi um grande mau caráter e fez tudo o que desagradava a Deus. Porém, Ezequias não seguiu o seu exemplo, mas antes se espelhou em Davi, o maior rei da história de Israel: “Tinha Ezequias vinte e cinco anos de idade quando começou a reinar... Fez ele o que era reto perante o senhor, segundo tudo quanto fizera Davi, seu pai.” (2 Crônicas 29.1-2)
Então jovem, você pode não ter sido privilegiado em possuir uma boa família, mas a escolha entre seguir o bem ou o mal pertence a você, e ter uma família má não justifica a sua má conduta.